Entre os aspectos que devem ser observados estão o tamanho do cômodo que receberá a texturização e a cor a ser utilizada
Quem não gosta de renovar o visual de casa? A alteração pode ser conseguida a partir da mudança na localização dos móveis ou com a aplicação de nova pintura.
Uma boa saída para quem não quer mexer na cor de toda a casa ou do cômodo é fazer uso das texturas. Além do aspecto decorativo, a técnica auxilia no disfarce de pequenas imperfeições e remendos na parede, tanto de ambientes internos quanto de ambientes externos.
De acordo com a arquiteta Juliana Mara, a tendência atual sugere acabamentos mais modernos e discretos, como texturas que remetem ao aspecto do mármore, do linho, da camurça, entre outros. "Além disso, temos outras formas de intervenção, como adesivos e papéis de parede, que também se configuram como textura."
Juliana lembra que a escolha das cores da textura tem grande importância e deve respeitar o local onde será usada. Segundo ela, o ideal não é carregar na tonalidade caso o ambiente seja pequeno. "A medida evita fazer com que ele aparente ser ainda menor do que realmente é." Para estes casos, a profissional indica o uso de tons suaves e pastéis.
Com relação ao uso de móveis, quadros ou outros objetos que serão usados diante da parede texturizada, Juliana lembra que é importante ter em mente que a própria textura já é capaz de realçar o local, entretanto, nada impede de utilizar telas ou esculturas. "Mas devem ser itens discretos e que não 'briguem' com a parede."
A arquiteta menciona que a aplicação da textura possibilita a criação de diferentes tipos de forma e pode conter, inclusive, listras, o que confere um ar jovial ao ambiente. O cuidado deve estar voltado à não "poluição" do cômodo, destacando apenas uma parede. "As formas usadas geralmente remetem a algum tipo de tecido. Além disso, podem ser feitos apliques com brilho, aplicação de motivos florais e geométricos, no caso de adesivos e papel de parede."
Quando o local de aplicação for ambiente externo, uma dica é o uso de formas rústicas, como o grafiato, o tipo de revestimento mais comum. Entre outros tipos de textura estão os rústicos originale; sabbiato, que tem aspecto arenoso; além do limestone; do silk, que tem estilo mais moderno; do stone, que é um revestimento granulado fino; do stuccato, que tem acabamento mais liso; do terracal, que produz efeito visual de caiação, e do velvet, que remete a tecidos aveludados.
Cores
Quando a textura com cor for aplicada em um ambiente de relaxamento, é interessante buscar tonalidades que não sejam muito fortes. "Vermelho, púrpura e preto são cores muito vivas." Se a escolha for por um tom forte a ser usado em um quarto, por exemplo, Juliana ensina que o ideal é aplicá-lo na parede onde fica a cabeceira da cama. "Desta forma, não haverá contato visual direto ao acordar."
A arquiteta destaca que é importante que a pessoa analise o significado e as sensações que podem ser proporcionadas por cada cor antes da sua aplicação. "O amarelo incentiva a criatividade, o vermelho e o laranja abrem o apetite. Já o azul, ao mesmo tempo em que causa conforto e relaxamento, não é uma cor indicada para quem sofre de depressão."
Aplicação
O processo de aplicação da textura envolve o uso de materiais que são usados em pinturas comuns, como espátula, desempenadeiras e rolos. O efeito craquelê, por exemplo, pode ser obtido com o auxílio dos misturados de tintas.
A secagem de texturas ásperas dura, em média, três horas. Já as texturas lisas levam mais tempo para secar, podendo chegar a 18 horas. "Antes de aplicar, a pessoa deve se certificar se a parede está limpa e seca. Só assim o produto terá boa aderência."
Fonte: Acessa.com
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